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LEVADA DA FAJÃ DO RODRIGUES OU FAJÃ DA AMA

Levada da Fajã do Rodrigues ou da Fajã da Ama

 

Madre, Ribeira do Inferno (600 mts) – Fim, Loural (570 mts) - 6,5 km

 

A história da Levada da Fajã do Rodrigues está associada à obra mais emblemática e marcante da Comissão Administrativa dos Aproveitamentos Hidráulicos da Madeira, a construção da Levada do Norte, concluída em 1952. Esta, propunha-se a levar para a costa sul, grandes mananciais de água provenientes de altitudes acima dos 1.000 metros da costa norte, desde o Seixal até São Vicente. No entanto, a construção esbarraria com uma das principais levadas de São Vicente na altura, a Levada do Inferno ou do Plaino Velho, que tinha a sua madre na Ribeira do Inferno, na cota dos 1.300 metros. A solução seria a construção de uma levada de compensação, captando a jusante, na mesma ribeira, do Inferno, à cota de 600 metros, os abundantes recursos perdidos de água que corriam livremente até o mar.

 

A Levada da Fajã do Rodrigues, construída para manter o regadio de São Vicente, tem origem na Ribeira do Inferno e termina no Loural. Possui um percurso de 6471 metros, sendo 5.242 em céu aberto e os restantes 1,229 divididos em 4 túneis, sendo o maior deles com 1.000 metros de extensão. Foi concluída em 1952. Nos finais dos anos 90, foi construída a galeria da Fajã da Ama, com 1.700 metros. Esta captação contribui com uma água mineral e termal, rica em CO2, resultante da actividade vulcânica ainda presente na ilha da Madeira.

 

A Levada da Fajã do Rodrigues está actualmente integrada na maior obra hidráulica da ilha da Madeira, o Sistema de Fins Múltiplos dos Socorridos, contribuindo para o abastecimento público de água potável, regadio e produção de energia eléctrica, nesta ordem de prioridade. Foi através da construção do túnel hidráulico da Encumeada, com 2.850 metros de extensão, que interligou-se a Ribeira da Vargem, Loural em São Vicente com a Ribeira da Achada, junto à Central Hidroeléctrica da Serra D'Água, Ribeira Brava. Aí, através de quatro túneis, Canal do Norte, Pico Grande, Curral das Freiras e Socorridos, totalizando 12.520 metros, estas águas atingem o coração deste amplo sistema hídrico, a câmara de carga do Covão.

 

Resumido do livro "Levada do Norte" editado pela Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal em 1952 e do sítio da Internet da Águas e Resíduos da Madeira.

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