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LEVADA DA AZENHA

Madre, Ribeira do Caniço (295 mts) - Fim, Sítio do Livramento (240 mts) - 2,4 km

 

Em carta ou instruções dirigidas pelo infante D. Henrique a João Gonçalves Zarco se diz: «...mandar a João Afonso que correja outra mó e se faça um moinho de agoa segundo o de Tomar». Afirma-se que foi no Caniço, fora do Funchal, o primeiro lugar onde se construiu um moinho existindo ainda ali um sitio que tem o nome de Azenha.

 

Além da alimentação do moinho da azenha, a levada construída no início da colonização do Caniço foi durante séculos, a sua principal provisora de água doméstica e de regadio. Muito frequentes ao longo desta levada, tal como nas levada de antiga construção, são os lavadouros. O seu número era proporcional ao número de casas nas imediações e a sua utilização, para lavagens de vestuário, era permitida apenas quando a levada não estivesse em regadio.

 

Parte da Levada da Azenha, entre o sítio da Azenha e o Caminho Velho do Castelo, que inclui o seu moinho, foi recuperada por iniciativa da Casa do Povo do Caniço e da Câmara Municipal de Santa Cruz, integra a lista de percursos recomendados pelo Turismo da Madeira. A parte restante da levada, entre o sítio do Livramento e a sua nascente pode ser igualmente percorrida, mas requerendo firmeza de pés junto à sua madre.

 

Meio milénio depois da sua abertura a água ainda corre com a mesma suavidade ao longo da Levada da Azenha, servindo ao regadio dos sítios da Azenha, Vargem, Caniço, Caniço de Baixo e Livramento. Todavia, este manancial está actualmente dispensado de fazer mover as mós dos moinhos e os ponteiros do relógio de água do Caniço. Entre casas, poios, blocos de apartamentos, poços de água e vias rápidas, a Levada da Azenha continua a correr e a prover.

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